Bonequinha de Luxo

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Na maioria das vezes, a primeira informação que as pessoas adquirem é a  história pela sua maravilhosa versão cinematográfica, estrelada pela LENDÁRIA Audrey Hepburn, e ai sim,
em seguida descobrem que na verdade o conto nova-iorquino foi primeiramente lançado em forma de livro, com o título original ‘Breakfast at Tiffany’.  A referência à Tiffany (uma das joalherias que é ícone), e sim, foi proposital, pois o diamante é um objeto de desejo de todas TODAS as mulheres.
No trama, Holly ( interpretada por Audrey) é parecida com aquela que estamos acostumados a ver nas grandes telas. Com feições físicas similares aos da atriz,  são traços encontrados em ambas as histórias. Para os que não viram o filme, Holly é uma prostituta de luxo, que aliás é um  tema tratado de uma forma bem sutil no livro e ainda mais no cinema, que sonha em um dia ser uma grande  milionária.
A extrema delicadeza do tema no cinema deve-se ao fato de que na época em que o livro foi lançado, o mundo Hollywoodiano era tudo, menos polêmico. Ou seja, o que encontramos nas telas é uma adaptação mais “fino” da crua realidade cotidiana que encontramos no livro.
Ao ler o libro, temos uma noção muito explícita da vida que a personagem leva. É mais claro o fato de que Holly é uma jovem que não sabe o que quer da sua vida. Ou se relaciona com muitos homens (o que no livro é mais detalhado) para conseguir dinheiro, ou vive um amor intenso e verdadeiro. Todo o enredo desta “trama literária” se volta à complexa mulher que a Holly é.  Além disso, também temos o narrador, cujo nome não fora revelado, mas que após alguns anos sem saber do paradeiro da sua antiga vizinha Holly Golightly, ouve falar sobre ela e resolve escrever sobre essa pessoa misteriosa que conheceu. O filme pode sim ser mais conhecido globalmente do que o livro, mas o que seria dele sem as mãos engenhosas e a máquina de escrever ? 
Então se você é apaixonada (o) por um romance com o “Q” de emoção, não perca tempo, vá conhecer esta obra que deixou sua marca na história literária e cinematográfica.


“… Ela estava com um vestido preto, ligeiro e elegante, sandálias pretas e gargantilhas de pérolas. Apesar da magreza sofisticada, tinha um ar de saúde mantida à base de cereais no café- da- manhã… A boca era larga; o nariz, arrebitado. Um par de óculos escuros obliterava os olhos. Era um rosto para lá da infância, mas para cá de uma mulher” – personagem Holly.